Já fazem 18 anos desde a abertura do Tragaluz e várias receitas da fundadora Zenilca de Navarro ainda estão vivas. Hoje quem administra a casa é o sobrinho Pedro de Navarro, que faz questão de manter tradições, mas sempre com um toque de contemporaneidade pelas mãos do chef Felipe Oliveira, nascido e criado em São João Del Rei. O clima é de luz de velas no casarão colonial de 300 anos, a cara de Tiradentes. Lá se tem uma noite muito romântica.

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Felipe Oliveira se orgulha em trabalhar com ingredientes mineiros e fornecedores locais. O couvert para mim é indispensável, R$34 para compartilhar. Tomate assado com ervas e alho poró, carpaccio de abóbora, pasta de pimenta biquinho defumada e minhas paixões: quiabo confitado no alho e compota de jiló.

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O jiló também está presente no steak tartare com sotaque mineiro em cima do chips de batata doce e finalizado com crispy de couve e azeite de alho (R$40 a porção completa), brilhante ideia!

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Dentre algumas novidades de prato principal, o bacalhau se desfaz em grandes lascas com um excelente tapenade de azeitonas pretas. Os legumes e brotos são de dois fornecedores: da Colônia Giarola, que fica na terra natal do chef e para complementar os orgânicos da pioneira Ilma Corrêa de BH. Já o palmito pupunha é de Ponte Nova.

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A galinha D’Angola marca presença nos pratos de maior sucesso da casa. Ano passado provei do arroz de Angola (R$71) e dessa vez a novidade é a Pintada Tragaluz (R$75) em que a ave é acompanhada de polenta cremosa e shimeji. Essa galinha tem a carne mais firme e precisa de um cozimento lento em baixa temperatura, ficando assim macia e cheia de sabor com o molho do chef. Foi usada também em uma terrine com queijo cremoso sobre chips de batata doce para uma das entradas.

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O ravióli também é uma ótima opção para os amantes de massa com toque mineiro no recheio de rabada (R$59).

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Na sobremesa tem sucesso internacional goiaba cascão prensada na castanha de caju, frita na manteiga e servida em cama de catupiry com sorvete de goiaba do Sr. Edson (R$29). Foi notícia até no New York Times.

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Durante o Festival Cultura e Gastronomia desse ano, o Tragaluz vai trabalhar com um menu especial de cinco tempos a R$245 no jantar dos dias 24/08, 25/08, 31/08 e 01/09 sendo que os almoços de sábado o valor cai para R$175. Inicia com o ótimo couvert e depois são apresentadas três opções de entrada, seis alternativas de prato principal e duas sobremesas além de uma surpresa do chef. O formato de escolha dos pratos permite que o cliente ajuste às suas preferências. Steak tartare, palmito pupunha, queijos mineiros premiados, badejo, camarão, raviolli de queijo, porco galinha d´angola, costela bovina, tem para todos os paladares. A carta de vinhos estará à disposição. Entre os 150 rótulos de vinho de diversas regiões os mineiros marcam presença como o aromático Maria Maria Sauvignon Blanc (R$121) e o Luiz Porto Brut (R$129). Na escolha por regiões vinícolas de prestígio mundial o Bourdeaux Lê Pétit Mayne saia R$109 e da Toscana o Chianti Clássico Vavirginio sai a R$178. O mais em conta é o chileno Casanova Antaro Reserva Carmenere (R$74). Uma taça de Porto Tawnt Maynard (R$18) acompanha bem a sobremesa.

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Muito obrigada pelo convite, Pedro! Foi um aniversário especial.

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Tragaluz Restaurante e Casa

Rua Direita, 52, Centro Histórico, Tiradentes, MG, Brasil

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