Na viagem para a Serra Gaúcha durante a vindima de 2017, a Adolfo Lona, em Garibaldi, foi a vinícola que nos proporcionou uma experiência mais completa e agradável. Ficamos por quatro horas aprendendo com o mestre Adolfo Lona sobre a sua produção artesanal de forma exclusiva.

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Nascido em Buenos Aires, e formado na cidade de Mendoza na Argentina, Lona chegou ao Rio Grande do Sul em 1973, para assumir a direção técnica da Martini e Rossi, onde permaneceu por 30 anos. Em março de 2004, Lona decide materializar um velho sonho: ter sua própria produtora de vinhos e espumantes, criando a Vinhos e Espumantes Adolfo Lona.

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Sua adega foi especialmente preparada para elaborar pequenas quantidades, em forma artesanal, sem equipamentos sofisticados. Somente pequenos volumes de produção permitem garantir o nível de qualidade que o consumidor espera da marca Adolfo Lona, além da experiência de mais de trinta anos como diretor técnico de uma grande vinícola.

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A visita mostra o processo artesanal de produção dos espumantes pelo método Champenoise.

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O método Tradicional (Champenoise) é utilizado na produção de espumantes mais maduros e complexos como o Nature, o Brut, em ciclos de dezoito meses.

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A remuage é feita manualmente. As garrafas são colocadas em cavaletes especiais de madeira chamados pupitres, dotados de furos ovais onde as garrafas são introduzidas horizontalmente. Periodicamente a garrafa vai sendo girada e inclinada até que as leveduras mortas vão, aos poucos, sendo levadas ao gargalo. Quando as garrafas estiverem bastante inclinadas para cima, as leveduras já estarão quase inteiramente sobre a tampinha.

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Os espumantes feitos pelo método Charmat são produzidas em instalações da vinícola Aurora com sua total supervisão e controle. É o caso do Brut Branco, Brut Rosé e Demi-sec aromático, com ciclo de produção de 180 dias, resultando em espumantes mais frescos e frutados.

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A expressão Pas Dosé identifica os espumantes que não sofrem adição de licor de expedição e por tal razão há ausência total de açúcares (conhecidos também como Nature).

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A visita deve ser agendada com antecedência e o produtor nos recebe como amigos em sua propriedade, nos oferece todos os rótulos para serem degustados com queijos e salames produzidos na região. Sem falar no delicioso pate de gorgonzola!

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Degustamos todos os rótulos que Adolfo Lona produz com um bate-papo descontraído e animado pelo bom humor desse argentino.

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O ícone: ORUS Rosé Pas Dosé. Elaborado pelo método champenoise é o único espumante rosé Nature que se tem conhecimento. Tem um ciclo de produção de 24 meses, doze maturando sobre as leveduras onde ganha a complexidade aromática e gustativa que o tempo possibilita devido a autólises das leveduras, e doze envelhecendo com a rolha definitiva quando ganha sutileza, elegância e potencia.

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O vinho base é resultante de um assemblage de vinhos de 3 variedades, Chardonnay, que participa com seu frescor, Pinot Noir em rosado que agrega força, e uma pequena parcela de Merlot em rosado, que complementa com sua elegância amenizando a acidez. É produzido em pequena quantidade, um lote de aproximadamente 600 garrafas anuais devidamente numeradas e identificadas.

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Provamos também um espumante que será lançado e breve. Em BH será em junho/2017. Já estou ansiosa para provar novamente.

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Prazer enorme em conhecer a fundo seus espumantes, Adolfo Lona!

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Em Belo Horizonte, é possível encontrar toda a linha de espumantes Adolfo Lona na Casa Rio Verde, distribuidora exclusiva em Minas Gerais, há dez anos.

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Adolfo Lana

Rua Amazonas 373, São Francisco, Garibaldi, RS, Brasil

www.adolfolona.com.br

vinhos@adolfolona.com.br

(54) 3462-4014

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Mais sobre o Vale dos Vinhedos e redondezas na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade BH:

http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/70a_ColunaGastronomia_Vale-dos-Vinhedos.pdf