São Roque de Minas é conhecida como “Terra do Queijo”, por possuir o famoso queijo canastra que é produzido há mais de um século. É a cidade da região da canastra que abriga a maior parte dos produtores, cerca de 48%. A Estância Capim Canastra fica a 3,5 Km de São Roque de Minas.

 

Nascido e criado em São Paulo, Guilherme visitava a fazenda do seu avô em São Roque quando era criança de carona com os queijeiros, comerciantes informais que fazem a rota para levar queijos da Serra da Canastra para São Paulo.

Em 2011 formou-se em veterinária e resolveu voltar a São Roque de Minas para trabalhar na agricultura, aproveitando novas oportunidades que o mercado de produtos de qualidade diferenciada oferece.

 

A fazenda produz de 22 a 25 queijos artesanais por dia, que são feitos com leite extraído das vacas da raça caracu (gado histórico da região) e coalho italiano. A alimentação das vacas é o pasto natural e, no período da seca, silagem de milho.

Aos domingos o leite é todo reservado para fazer o Canastra Patrão, um peça que leva 80 litros.

 

Guilherme foi o primeiro brasileiro a conquistar medalha no Mondial Du Fromage de Tours, na França, um dos principais concursos de queijo do mundo. Ganhou segundo lugar na competição realizada em junho de 2015, que avaliou mais de 600 tipos de queijo.

 

A SertãoBras reuniu diferentes tipos de queijos mineiros e resolveu inscrever três deles no concurso. Entre eles estava o produzido por Guilherme. O queijo participou do concurso na categoria “Massa prensada não cozida de leite cru de vaca” e concorreu com queijos já reconhecidos internacionalmente.

O sabor diferenciado do canastra chamou a atenção dos jurados. O queijo avaliado no concurso tinha 30 dias de maturação, o que é considerado bem jovem, pois a maioria dos queijos tem 60 a 90 dias de maturação. Alguns jurados comentaram que o queijo tinha um gosto de terra, de mato, diferente de tudo o que já tinham provado.

 

Depois da premiação, o queijo passou a ter a lista de espera para adquirir e o tempo de espera pode chegar a 20 dias.

 

Coincidentemente, no mesmo dia da premiação, ele conseguiu o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura (Sisbi). Investe em experiências de maturação e vende pelo Instagram o ‘canastra monstro’, uma versão do que os antigos da região da Canastra chamavam de ‘casquinha’, por ter uma casca de leveduras brancas enrugada e escorrer um creme, de textura bem macia.

 

O Canastra de Guilherme já participou de duas edições da Feirinha Aproxima, e utilizado como ingrediente nos pratos do chef Alex Atala, o mais famoso do Brasil.

 

Guilherme é um desses meninos da cidade grande que aprendeu a importância do “terroir” quando o assunto é um produto de qualidade acima da média. Além disto, ele fincou um pezinho na Região do Queijo da Canastra. Na verdade, um pezão!

Ele podia ter se tornado tudo em São Paulo, mas se apaixonou mesmo pelos primeiros capítulos da história de sua família, em São Roque de Minas. Agora, o paulista amineirou de vez, voltou para a fazenda do pai e se tornou a quinta geração de produtores do Queijo da Canastra.

Guilherme pode até não ser um moço moldado no “terroir da Canastra”, mas sabe muito bem a importância de nunca esquecer do começo de sua história. queijodacanastra.com.br/historias

Galera da Trip Serra da Canastra pelo SEBRAE

Produtor Guilherme Ferreira

Fazenda Capim Canastra, 3,5 km de São Roque de Minas, Região da Serra da Canastra, MG, Brasil

(19) 99213-8658