Nova Zelândia foi o tema da confraria de vinhos Luluvinhas do mês de outubro. Funciona assim: Vanessa Borbolert e Eveline porto, duas enófilas e enoducadoras agrupam de 20 a 30 mulheres por vez em torno de uma boa mesa para trocarem experiências que vão além do mundo do vinho. As reuniões são itinerantes, em bons restaurante de BH, que preparam menus especiais para harmonizarem com os vinhos escolhidos pela professora Vanessa. Dessa vez o Caê Restaurante e Bar foi o escolhido e a mulherada adorou a comida do chef Caetano Sobrinho. Lá no fundo do Caê tem um espaço com telo retrátil ao redor de uma jaboticabeira, ótimo para confraternizações.

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A uva clássica da Nova Zelândia é a Sauvignon Blanc, de origem francesa, que se adaptou muito bem ao clima frio de Marlborough, região produtora mais conhecida e de maior reputação do país. A boa reputação dos vinhos neozelandeses é recente, a partir dos anos 80, sendo que a elaboração de vinhos a partir da vitis vinifera em larga escala só se iniciou por volta de 1970.

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Claro que começamos por um Sauvignon Blanc de Marlborough, da vinícola Clearwater Cove (R$99 na loja.famigliavalduga.com.br), safra 2017.  Um vinho de  muito frescor e vivacidade com notas de maracujá. Para harmonizar com o vinho, mix de queijos curados da casa, porchetta artesanal com picles de beterraba pães da casa.

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Mais um Sauvignon Blanc e aqui a harmonização foi perfeita: ceviche clássico com chips de tubérculos. O peixe estava muito bem temperado com coentro e dedo de moça, levemente marinado no limão. É preciso estar atento para que o peixe não cozinhe no limão e o prato deve ser preparado minutos antes de servir. Climas frios propiciam uma excelente acidez e refrescância e aliado à uma vinícola sustentável e vegan como a Anna’s Way é sucesso na certa. O Anna’s Way Sauvignon Blanc 2017 (R$70) é também da região de Marlborough e as notas cítricas de limão taiti e maçã verde sobressaem ao nariz.

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Continuamos na Anna’s Way e mudamos a cepa: Chardonnay, também com muito frescor, resultado do clima marítimo do país. Todas as vinhas da Nova Zelândia estão a menos de 120 km do litoral e recebem a brisa do mar no refresco noturno apos  a elevada incidência solar durante o dia. O Anna’s Way Chardonnay 2016 (R$70) casou muito bem com o palmito pupunha grelhado ao orégano fresco e fitas de queijo tulha curado, artesanal da Fazenda Atalaia em SP.

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Na sequência um Chardonnay mais elaborado, em que uma pequena parte do mosto fermenta em carvalho nquanto todo o restante é feito em tonéis de inox. O Matua Chardonnay 2013 (R$119) foi servido com ravióli de massa fina e bem recheado de Canastra ao molho de tomates frescos da casa.

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De volta a vinícola Anna’s Way com a uva tinta de mais importância da Nova Zelândia: Pinot Noir, a borgonhesa muito bem adaptada em climas frios.

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A comilança continuou no enorme prato de filé ao poivre com arroz sujo no molho e cebola crocante.

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Fechamos com a queca de castanhas brasileiras com doce de leite Rocca e fatofa de paçoquinha.

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As confrarias são abertas às mulheres que desejarem, mas é preciso reservar pois as vagas se esgotam rapidamente. Inscrições pelo (31) 99757-6762 ou instagram: @luluvinhas.confraria.

Mais Degustatividade na LuluVinhas:

http://degustatividade.com.br/?s=LuluVinhas

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LuluVinhas na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade BH:

http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/125a_ColunaGastronomia_LuluVinhas.pdf

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Mais Degustatividade no Caê:

http://degustatividade.com.br/?s=Ca%C3%AA

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Caê Restaurante Bar

Rua Outono, 314, Carmo Sion, Belo Horizonte, MG, Brasil

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