Brigada de cozinha feminista, esse é o lema da Birosca S2, onde as mulheres são as protagonistas das panelas sob comando da talentosa chef Bruna Martins.

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Sua experiência vem de uma viagem estilo mochilão que fez pela França para pesquisar comidas e criar conceitos além de estagiar no Vecchio Sogno e no Taste Vin, dois restaurantes requintados que fazem sucesso há mais de 20 anos em BH. Bruna, a mocinha de apenas 28 anos de idade, esbanja criatividade e elabora receitas e combinações inovadoras desde 2013. Busca sempre por ingredientes da estação e valoriza de pequenos produtores nas suas criações.

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As noites são animadas por pianistas ao vivo. E são animadas mesmo, não pense que é ambiente de piano bar silencioso, pelo contrário. O clima no Birosca é bem descontraído, ao som de jazz, choro e samba e combina com os vários objetos de decoração espalhados pelo salão, garimpados de viagens e acervo de família. A varanda é bastante agradável, mas uma voltinha pelo salão para apreciar a decoração é imperdível.

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A diversão continua na carta de coquetéis autorais com nomes sugestivos. Iniciei os trabalhos pelo “Drink de Adulto”, que leva gin, pepino e salsão. Adorei. O mais inusitado é o “Match no Tinder“ feito com cachaça de jambu, aquela planta que causa formigamento na língua, e ainda é incrementado com pimenta do reino e dedo de moça. Ambos R$26.

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Na primeira visita me esbaldei nas entradas. Gosto muito de opções que servem vários sabores num só prato e escolhi uma entrada composta de três delícias. Intitulada “Senta que lá vem história”, a entrada queridinha da chef é composta por bolinhos de arroz recheados com queijo minas; polentinha com ragu de linguiça e couve e rolinho primavera mineiro com carne, queijo e mel (R$52). Uma novidade nesse sentido é o guioza de miúdos com jiló, jiló frito com babaganoush e mousse de fígado de galinha (R$46).

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Já quem prefere muito uma coisa só passa bem com o pernil de porco prensado com barbecue de goiabada e creme de inhame e farofinha da casa (R$46) ou o espetinho de camarão, banana da terra, dadinho de tapioca e molho de moqueca (R$49).

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São entradas que funcionam como petiscos e dá para passar a noite toda descobrindo sabores e talentos da chef.

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Especialmente para os vegetarianos, há o falafel de feijão preto, cogumelos picantes, guacamole e nachos (R$46) de entrada e o talharim de pupunha com cogumelos que pode vim com azeite trufado (R$54) como prato principal.

 

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Como o cardápio é sazonal, há pratos que vão e voltam e outros que não podem sair do menu. É o caso do cupim de panela ao molho de vinho, purê de três batatas (doce, inglesa e asterix) e farofa da casa a R$72 para duas pessoas, mas que também é feito em versão individual. Como é o mais pedido, vai continuar eternamente e com razão! A carne tem muito sabor e desmancha no garfo.

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Outra pedida certeira é a língua cozida ao vinho (R$52) com shitake e molho CCC acompanhada de ravióli de abóbora da dona Mirtes da Cantina Piacenza. Esse tal molho CCC me emocionou pelo extremo sabor na combinação ousada de chouriço, cacau e café. Essa maravilha também está presente no croquete de cordeiro (R$49) e na rabada prensada (R$52).

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Nhoque de beterraba com azeite de pesto, polvo, rúcula, queijo de cabra e picles de beterraba (R$54)

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Costela de tambaqui, açaí e purê de banana da terra com farofa de amêndoas e Neston (R$49). Esse é sazonal e no final de abril saiu do cardápio, mas tenho fé que vai voltar, maravilha!

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Cheesecake de doce de leite com massa de paçoca e calda de pudim (R$21)

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A carta de vinhos tem é composta por 50% de vinhos brasileiros e inclui excelentes rótulos mineiros. “Abro a carta da Birosca com o Luiz Porto Cabernet Sauvignon Reserva. Adoro a leveza que ele tem, ainda sendo Cabernet Sauvignon, pelos 12 meses que ele passa em barris de carvalho. Mas ressalto, também, o Primeira Estrada Syrah, um vinho que é um marco no cenário enológico mineiro”, ressalta o sommelier Evandro Alves sobre os rótulos a R$116. Não podemos nos esquecer também do Maria Maria, vinho que deu notoriedade aos vinhos mineiros, safra 2017, que sai a R$148.

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Don Guerino Reserva Teroldogo 2016 (R$89), dessa uva italiana que adoramos ao experimentar no Vale dos Vinhedos e que está sendo bem adaptada no Brasil.

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Sucesso, Bruninha! Você é fera, fia!

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Bisrosca na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade BH:

http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/137a_ColunaGastronomia_BiroscaS2.pdf

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Birosca S2

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