Campagne – Macacos – Degustatividade

julho 2017
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Macacos é o lugarejo perfeito para quem quer fugir do agito da cidade grande. É um vilarejo cheio de restaurantes, pousadas, trilhas e muito verde! E o melhor é que desde outubro do ano passado abriu um restaurante especial, de alta gastronomia comandado pelo chef Rafael Tocchetto e sua esposa Gizelle Tocchetto, exímia anfitriã.

Rafael Tocchetto é formado em gastronomia e passou por diversas cozinhas de renome em BH como O Dádiva, Divino e Au Bon Vivant, além de ter adquirido experiência também no D.O.M. do chef Alex Atala, em São Paulo.

No Campagne, Rafael elaborou um cardápio enxuto, mas que oferece opções diversificadas. Os pratos são baseados na culinária contemporânea com toques brasileiros e bastante influência da gastronomia francesa. O carinho e o cuidado são perceptíveis nos componentes preparados pelas mãos do próprio chef de forma artesanal no restaurante como a terrine de campagne, o confit de cebola, o picles de figo turco, o presunto de pato, o patê de foie, a mostarda e linguiça da casa. Essas iguarias podem inclusive ser levadas para casa.

Iniciamos o dia com em refrescante Santa Alvara Sauvignon Blanc 2015.

Seis entradas fazem parte do cardápio. A terrine de campagne, um clássico da charcutaria francesa, é preparada com carne suína e especiarias acompanhado de mostarda da casa, confit de cebola e picles de figo turco (R$27). O patê de fígado de aves também vem acompanhado de confit de cebola e cornichon (R$25).

O coração de palmito pupunha vem assado e batido com manteiga, acompanhado de presunto de pato curado e azeite defumado (R$37), das entradas que mais me surpreenderam.

O salmão é defumado na casa com flores de lavanda, mousse de pimenta cambuci e picles de maçã verde (R$35), um prato lindo, leve e muito saboroso.

Duas entradas que agradam os carnívoros: vinagrete de carne se sol ao perfume de ervas, pimenta de cheiro e coentro, servida com chips de mandioca (R$33)

e linguiça artesanal levemente defumada com confit de pimentões e mostarda da casa (R$29).

Sugiro compartilhar as entradas antes dos pratos principais pois cada sabor surpreende. Separe um bom tempo para curtir o restaurante pois os pratos principais são fartos.

O prato que eu mais gosto no Campagne é o confit de pato com glace de especiarias (R$74), que antigamente era servido com ratatoulle de legumes brasileiros: chuchu, quiabo, abóbora, abobrinha e banana da terra. Rafael Tocchetto explicou que acompanhado de batatas defumadas tem mais saída, mas eu não me conformo e estou na torcida pela volta do ratatoulle.

A costela de boi é assada por 12 horas com purê de abóbora e farofa chic chic (R$72)

assim como a barriga de porco, que também é assada lentamente com glace de catuaba e purê de milho verde (R$68).

Para uma carne mais leve tem a maça de peito magra com gnocchi de mandioca e queijo minas (R$67). Minha sugestão é regá-la bastante com seu próprio molho de cozimento.

Pode ser harmonizados com o Fabre Montmayou Reserva Cabernet Sauvignon 2014.

Também faz parte do cardápio o raviolli recheado de camarão (R$72); bacalhau Gadus Morhua (R$84) e o risoto de carne de sol (R$64). E não poderia faltar opção vegetariana: gnocchi de mandioca grelhado em manteiga de garrafa servido com molho de queijo canastra (R$58).

As sobremesas são leves e ficam entre R$24 e R$27. Sugiro o crème brûlée de especiarias e frutas cítricas com fina crosta de açúcar queimado

e o semifreddo de paçoquinha com caramelo salgado (R$24).

Terrine de chocolate Bahia 63% cacau com sorvete.

Carta de vinhos com 49 rótulo e rolha a R$40.

O Campagne abre somente aos finais de semana e fica repleto de casais, principalmente na varanda, o lugar mais agradável para curtir o frio, tomar um vinho e respirar um ar puro.