Para apresentar os novos vinhos franceses que acabam de ser importados, a Liber Wines promoveu uma masterclass que explorou o Vale do Loire, Alsácia e Bordeaux. Foram intermediados pelo enólogo e sommelier francês Nathan Sénéchau.

Interessante apreciar a uva Chenin Blanc em dois estilos completamente diferentes, em seu caráter seco no Savennières 2022 (R$309) e em extremo dulçor no Coteaux du Layon 2022 (R$255), ambos do produtor Domaine Des Deux Vallée.

Poucas regiões do mundo são comtempladas com as específicas condições climáticas de manhãs frias e úmidas e tarde quentes e secas, propícias ao ataque do fungo “Botrytis cinerea” nas videiras quem produzem um vinho raro.

Nesse terroir as uvas atingem alta concentração de açúcares com preservação de acidez, untuosidade e sabores memoráveis.

A região de Sauternes, na França, é uma das mais agraciadas pela podridão nobre, sendo o Château d’Yquem o único classificado como Grand Premier Cru, um vinho na faixa de R$10.000.

O Vale do Loire também foi agraciado pela botrititização, principalmente nas regiões de Coteaux du Layon, Quarts de Chaume e Coteaux de l’Aubance, que fazem a Chenin Blanc produzir um excelente vinho doce.

O Coteaux du Layon do produtor Domaine Des Deux Vallées sem dúvidas é porta de entrada para os grandes vinhos botritizados.

Nelton Fagundes, sommelier da Liber Wines ressalta que “o Sauternes tem notas compotadas e um mel intenso, já no Coteaux du Layon percebe-se um pouco mais de acidez e frescor, além de ser menos doce. Eu tomaria esse vinho com um prato agridoce, não necessariamente com sobremesa.”

Também do Vale do Loire, vieram os famosos roses, Rosé de Loire 2022 (R$180) e Cabernet D´Anjou (R$180). Entramos na cultura local com o típico pão Fouée D´Anjou.

Da Alsácia degustamos o perfumado e floral Rosacker Gewurztraminer 2020 (R$360) com suas notas proeminentes de lichia e o fresco e mineral Rosacker Riesling 2020 (R$610), que chega até ter um agradável toque salino. São dois Grand Crus do Domaine Mittnacht Frères, que trabalham os 11 hectares de vinha espalhados pelos melhores terroirs de Hunawihr e Ribeauvillé há mais de 20 anos em agricultura orgânica e biodinâmica.

Como há forte influência alemã na Alsácia, provamos junto com a flammekueche, versão franco-germânica da pizza.

A classificação de 1855 dos vinhos tintos de Bordeaux, todos localizados na margem esquerda, abrange 60 crus do Médoc e 1 de Pessac-Léognan, Château Haut-Brion.

Base-se no preço médio de venda referente ao período de 1815 a 1855, respeitada até os dias de hoje.

As propriedades foram divididas em cinco categorias: 5 Premiers Crus, 14 Deuxièmes Crus, 14 Troisièmes Crus, 10 Quatrièmes Crus e 18 Cinquièmes Crus.

Pioneiros em práticas orgânicas e biodinâmicas dentre os Grands Crus Classés de Bordeaux, Claire e Gonzague Lurton são proprietários de cinco grandes Châteaus.

Dois eles agora fazem parte da seleção especial Liber Wines: Château Ferrière 2019 (R$1.250), um Troisième Cru, o menor da denominação Margaux com 10 hectares de vinhas e o Château Haut-Bages Libéral 2019 (R$1.290) um Cinquième Cru, proveniente de vinhas em solos calcários de Pauillac.

Perfeitos para uma carne Angus ao demi-glace.

Meus preferidos da noite.

 

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