Noite de lançamento entre espumantes e tintos Adolfo Lona no Hacienda com a presença do enólogo-proprietário

Adolfo Lona é argentino e veio para o Brasil há 50 anos. Em 2004 fundou sua vinícola, sediada em Garibaldi, a qual tive o prazer de conhecer e me apaixonar não só pela receptividade e simpatia desse grande enólogo, escritor e palestrante como também pela qualidade de seus espumantes. Há poucos anos mudou-se para Porto Alegre e continua com sua produção em uma vinícola urbana.

O campeão de vendas é o Adolfo Lona Rosé (R$ 84 na Casa Rio Verde), elaborado pelo método charmat com as uvas Pinot e Chardonnay e apenas 8 gramas de açúcar por litro, o mínimo da classificação brut. Sua lindíssima cor de casca de cebola é um convite a apreciar a sutileza e equilíbrio em boca.

Foi o primeiro vinho da noite, acompanhado de uma ótima burrata artesanal Almeida Prado que ficou um show com pera na brasa, mel e gengibre.

A pera apareceu também na sobremesa, curtida no vinho branco e servida com creme de confeiteiro, crocante de castanhas com pistache, zeste de limão siciliano e gelato de leite. Gostei bastante da harmonização sugerida, o espumante Adolfo Lona Brut (R$ 84 na Casa Rio Verde), que também tem 8 gramas de açúcar por litro, porém com dulçor um pouco mais perceptível que o rose e que, por esse motivo, ficou ótimo com o doce. Também é feito a partir de Pinot e Chardonnay, com predominância da uva branca.

Já o espumante Adolfo Lona 30 meses (R$160) é feito pelo método tradicional e matura 12 meses sobre as leveduras, fase em que ganha a complexidade aromática e gustativa completada por 18 meses de envelhecimento com a rolha definitiva. Nesse rótulo entra a uva Merlot (60%) com seus típicos aromas de frutas vermelhas em corte com as tradicionais Pinot (20%) e Chardonnay (20%).

Apreciamos com tagliatelle nero ao molho de parmesão e lascas de bacalhau.

A tipicidade da uva originária da margem direita Gironde marcou presença no Adolfo Lona Merlot 2020 ($80 na Casa Rio Verde), vinho fresco, leve, sem madeira para não mascarar os aromas frutados.

Foi servido com capeletti recheado com ragu de sobrecoxa de frango, in brodo.

Sobre preferências gustativas, Adolfo Lona ensina que “Há um gosto padrão, universal. Nem muito ácido, nem muita madeira, nem muita adstringência. Coisas que tem pontas não agradam a ninguém, o produto tem que ser equilibrado. Porém é absolutamente normal que cada um prefira um determinado estilo, a subjetividade do gosto ninguém consegue tirar, nem mesmo os júris de vinho. Há jurados que gostam de carvalho e dá nota 10 para o vinho, outros já odeiam e dão zero. Portanto não se preocupem com que vão sentir a cada gole.”

 

Durante o jantar, foi lançado o Baron, um blend de 51% de Cabernet Sauvignon, 34% de Merlot e 15% de Tannat, com passagem por barricas de carvalho francês de segundo uso, um vinho de produção limitada a 5.700 garrafas. Foi vendido em estojos de uma a seis garrafas (R$450 a R$2.140).

Acompanhou muito bem cortes na parrilla como entraña, denver

ou ojo de bife

guarnecidos pelo arroz Hacienda com linguiça artesanal, legumes, parmesão e ovos e pelo purê rústico de mandioca com manteiga de garrafa.

Prazer em revê-lo, Adolfo Lona!

Com meu sommelier preferido, Croquete!

Luisa Fonseca, Plop Champagne.

Adoramos, Magda!

Foto: Nelson Avelar – BS Fotografia

Foto: Nelson Avelar – BS Fotografia

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Hacienda na minha coluna do Cidade Conecta 

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Hacienda 1979

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hacienda1979.com.br