Hotel Fazenda Paciência – Santana dos Montes – MG

fevereiro 2022
S	T	Q	Q	S	S	D
	1	2	3	4	5	6
7	8	9	10	11	12	13
14	15	16	17	18	19	20
21	22	23	24	25	26	27
28

Muita história, cultura e diversão.

É o que te aguarda no Hotel Fazenda Paciência, a 140km de BH, recém-aberto ao público no Circuito Turístico Villas e Fazendas de Minas, com suas belas construções coloniais de 1742 em meio ao verde das montanhas de Minas Gerais.

Os quartos são aconchegantes e mesclam o rústico com toques modernos.

A gastronomia é uma fusão da comida mineira e africana. Ingredientes que vieram da África com os escravos como o quiabo, feijão fradinho, azeite de dendê e leite de coco brilham nos preparos de fogão à lenha. Os pratos levam nomes de personalidades importantes na luta contra a escravidão na época do Brasil Colonial. A avó e a esposa de Zumbi dos Palmares foram homenageadas com receitas que levam camarão seco e dendê como o Princesa Aqualtune a base de quiabo e o Dandara feito com feijão fradinho.

Nicolau, negro escravizado de propriedade do inconfidente Domingos de Abreu Vieira que renunciou a própria liberdade para acompanhar seu Senhor na prisão, deu nome a uma espetacular rabada com quiabo ao dendê e fubá branco.

Vai ficar na memória também a mineiríssima costelinha com ora-pro-nóbis e o frango com quiabo e café.

“Esse frango caipira é uma receita que eu desenvolvi na busca de valorizar o café mineiro. O frango é cozido no café com cominho e sálvia para neutralizar a cafeína. A sálvia tem uma propriedade anestesiante e vem de encontro a cafeína para dar um equilíbrio e emoção ao prato”, conta Vinícios Leôncio, proprietário da fazenda e entusiasta da cozinha afro-brasileira.

A cultura africana chegou até na sobremesa com um cremoso e suave doce de mandioca feito com leite de coco, coco ralado, creme de leite e rapadura. Foi dado a ele o nome de principais líderes políticos do Pan-Africanismo, Kuame Nkrumah.

O café da manhã tem aquele pão de queijo da roça feito com queijo artesanal, bolinho de chuva com banana, biscoito frito e um festival de bolos nos sabores cenoura, laranja, mandioca, amendoim, batata doce, fubá com goiabada e outras mineirices. Na decoração das mesas, toalhas africanas.

A noite pede um vinho a ser apreciado na adega,

com queijos mineiros artesanais

em um espaço muito interessante e acolhedor com peças antigas e decoração rústica.

Casa de abelha, locomotiva e coleção de máquinas de escrever.

E quem sabe também uma cachacinha feita lá mesmo no alambique, com 14 anos de maturação em barril de carvalho. Os aromas são maravilhosos e a cachaça é muito macia.

A noite tem roda de viola com músicos de Santana dos Montes.

E de dia Folia de Reis.

A fazenda tem 200 hectares e 3.000 metros de área construída com diversos atrativos e curiosidades. Uma tirolesa de 139 metros atravessa um dos lagos, repletos de peixes.

Sua imaginação vai longe ao explorar cada canto de área verde. Por lá você vai conhecer o barril considerado o primeiro traje de banho do Brasil, quando D. João VI lançou a moda em 1810. Acometido por uma infecção, foi recomendado pelos médicos a tomar banho de mar, mas como tinha muito medo de caranguejos, mandou fazer um barril com furos laterais para água entrar sem o perigo dos crustáceos.

Mais à frente tem uma réplica das casas de moradia em de Nazaré com 3,5m2 e único cômodo, com escada externa para acesso ao telhado. Foi no teto de uma dessas casa que Jesus ceou pela última vez com os 12 apóstolos.

No caminho para a pedra do amor tem um espaço para yoga e meditação.

Reza a lenda de três séculos que a pessoa que se assentar na pedra terá a imediata visita do amor, ou terá o amor já existente fortificado.

Foi descoberta na Fazenda Paciência uma galeria que possivelmente foi utilizada na mineração de ouro ou até mesmo um ponto de esconderijo e observação nos tempos da inconfidência mineira.