Península de Setubal é uma região portuguesa de tradição vitivinícola há 2000 a.C.. O terroir na área varia de planícies costeiras arenosas às colinas escarpadas ricas em calcário da Serra Arribida, além da influência marítima do Oceano Atlântico, onde deságua o rio Sado. Famosa pelos vinhos fortificados que levam o mesmo nome da uva, Moscatel de Setúbal é a variedade branca mais plantada na região, seguida pela Fernão Pires. Das tintas, a Castelão lidera com seus mais de 3.000 hectares.
Autoctone de Setúbal, a tinta Moscatel Roxo tem notas como figos secos, damasco, cereja em calda, especiarias, caramelo, geleia de tangerina, um pouco menos floral que a aromática Moscatel de Setúbal.
A Vinícola Ermelinda Freitas é comandada por mulheres há 4 gerações, desde 1920. O solo arenoso de suas vinhas, situadas ao sul de Portugal somado às brisas dos rios atribui suavidade e elegância aos vinhos.
Encantei-me pelo Moscatel Roxo Superior 2010, um veludo na boca, destaque da masterclass conduzida pelo Marcelo Copello sobre os vinhos da Península de Setúbal. Em sua classificação pessoal, atribuiu 93 pontos e descreveu “Cor âmbar com reflexos rubi. Aroma intenso, com boa concentração de frescor, fruta ainda com frescor, laranja confit. Paladar denso, doce, mas com um ótimo frescor para contrabalancear, boa profundidade.” Custa R$ 1.041 no site vinoz.com.br.
Rótulos presentes na masterclass:
- Adega de Palmela Colheita Selecionada Branco
- Camolas Grande Escolha Branco 2019
- Batente Castelão 2019, Cadeado Wines
- Serramãe Castelão Reserva, Sociedade Vinícola de Pamela
- ASF Reserva 2019, Adega Fernão Pó
- Adega de Pegões Grande Reserva Tinto 2021
- Rubrica Moscatel de Setúbal 5 anos, Venâncio Costa Lima
- Moscatel Roxo Superior 2010, Ermelinda Freitas
Casa Ermelinda Moscatel Roxo de Setúbal na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta
Casa Ermelinda