Fusion Cuisine é aposta do novo restaurante que ocupa uma casa tombada no bairro São Pedro.
João Paulo Oliveira é mineiro de Timóteo, começou a carreira gastronômica aos 19 anos em restaurantes da Inglaterra. De volta à BH, em 2014, trabalhou no Glouton, Trindade, Villa Roberti, Club do Chef, Ninita, Macaréu e Nicolau. Na Casa Calixto desenvolve uma cozinha de fusão com técnicas e receitas de diversos países. O de casarão de 400m², tombado pelo patrimônio histórico, recebe até 280 pessoas sentadas em ambiente interno, varanda e espaços reservados para pequenas comemorações.
Excelentes para esses dias quentes, entradas frias como o ceviche de peixe Dourado do mar curado com leite de tigre de frutas amarelas (R$49)
e o tartare de filé mignon com castanha-do-pará, gel de limão e queijo pecorino (R$63) são perfeitas.
Frituras elegantes, daquelas que valem a pena, estão presentes no cardápio. Envolto por massa filo, o camarão rosa vem em copinhos mergulhado em um espetacular molho agridoce de manga e especiarias como pó de curry, gengibre, capim limão, cebola e limão (R$96).
Adorei também o bolinho de bacalhau com aioli clássico (R$57) e o croquete de cupim (R$49). “Fazemos uma marinada de vinho tinto com cupim antes de passar a noite no forno. No dia seguinte escorremos esse caldo e juntamos à carne do cupim desfiada”, revela o chef JP sobre os segredos de sabor e suculência do bolinho, que tem uma finíssima casquinha de farinha de rosca apenas, sem empanamento no ovo.
Depois de provar essas maravilhosas entradas, fomos muito felizes também nas escolhas dos principais. O confit de pato (R$122) é servido com arroz de lentilha, bacon e banana-da-terra, purê de cenoura e molho roti.
Tão saboroso quanto o pappardelle entremeado por paleta de cordeiro desfiado (R$114), assado em baixa temperatura com tomate confit, azeitona portuguesa e fonduta de queijo, uma fartura.
De raspar o prato!
Fechamos com creme brûlée de milho verde com pipoca caramelizada de milho verde (R$39).
O Espaço Lamas é uma atração à parte com coquetéis clássicos e autorais desenvolvidos pelo mixologista Diego Kurz a partir dos destilados Lamas. Além dos premiados whiskys, a destilaria de Matozinhos produz gin, rum, cachaça, vodka e cerveja.
Adorei o Trindade (R$38), bem refrescante com Apraz Rum Ouro, aceto balsâmico, soda artesanal de grapefruit, limão taiti e flor de sal. Conheça um whisky turfado, o Brasilides Peat Signature Single Malt Whisky, que tem aromas de fumaça e terra úmida, usado no Lamas Cocktail (R$40) com Fernet Branca, maple e blend de vermutes.
O Caprino (R$45) é bem interessante também, clarificado em leite de cabra com sour de grapefruit e Rarus Single Malt, whisky que passa por barril de carvalho americano usados de bourbon e rum.
Dos clássicos provamos o Penicillin (R$45) com Nimbus Robustus Single Malt Whisky, Canem Blended Whisky, mel, gengibre e limão siciliano e o Sweet Dirty Martini (R$40) feito de Joliz London Dry Gin, vermute Extra Dry, jerez fino, conserva de cornichon e azeite extra virgem.
.
Casa Calixto na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta.
.
Casa Calixto
Rua Padre Odorico, 81, São Pedro, Belo Horizonte, MG, Brasil