A importadora Mistral recebeu o diretor de exportação da Tapada de Coelheiros Ricardo Marinho para uma degustação de seis rótulos. A vinícola obteve, no ano de 2022, a certificação biológica, que vinha sendo trabalhada desde 2015, quando foi adquirida pelo casal de brasileiros Alberto Weisser e Gabriela Mascioli .
Começamos pelo Coelheiros Branco 2021 (R$ 242) que traz Antão Vaz (20%) e Arinto em 80%, variedade responsável por notas cítricas elegantes que entregam frescor ao vinho, um desafio devido às altas temperaturas do Alentejo.
“Para os nosso vinhos de entrada apostamos em algo não muito complexo mas com boa fruta e acima de tudo que seja fresco”, comenta Ricardo.
Tapada de Coelheiros Branco foi o primeiro vinho produzido pela vinícola, em 1951 tendo seu bend sido modificado ao longo dos anos até chegar em 50% Roupeiro e 50% Arinto. Em contrapartida à acidez da Arinto, a uva Roupeiro, traz ao vinho notas mais tropicais. São duas castas portuguesas com perfis diferentes, e juntas entregam um excelente vinho. Inclusive são colhidas juntas, na mesma época, já que são provenientes de vinhas que se misturam e não há separação entre Arinto e Ropeiro. Estagia por 1 ano em carvalho francês e repousa 4 anos em garrafa. Um vinho com mais complexidade e bem mais gastronômico. A safra de 2018 deu origem a 3.000 garrafas e apenas 300 vieram para o Brasil, com exclusividade da Mistral (R$ 530).
Gosto muito do estilo de rose produzido pela Coelheiros, sem muitas notas adocicadas, um rose mais sério, que chega a apresentar um pouco de ervas. O Coelheiros Rosado 2021 é um varietal de Syrah das primeiras vinhas plantadas, com bastante qualidade (R$ 242). Tal como o primeiro branco estagia por 6 meses em inox.
Comparamos duas safras do Coelheiros Tinto DOC (R$ 242), 2019 e 2020, ambos com 50% de Touriga Nacional, sendo diferentes os cortes, o primeiro com Aragonez e o segundo com Touriga franca, o que trouxe aromas florais e mais equilíbrio ao vinho.
O Tapada de Coelheiros Tinto 2015 (R$530) é um vinho histórico, considerado um dos maiores ícones do Alentejo há décadas. Elaborado com as uvas Cabernet Sauvignon (70%), que aporta elegância e frescor ao tinto e a Alicante Bouschet, que confere ao vinho potência e concentração. Passa 12 meses em barricas de carvalho francês e foi classificado por Robert Parker como “Outstanding”.
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Tapada de Coelheiros