Receitas típicas da Itália combinam não só com vinhos Italianos, mas também com rótulos do Chile, Nova Zelândia, França e Portugal, apresentados no curso do Renato Quintino.
O intuito desse ano é mostrar que a gastronomia de um país vai bem com vinhos do mundo todo.
Além de explanar sobre as regiões vinícolas do Valle d’Aosta, Piemonte, Liguria, Lombardia, Trentino‐Alto Adige, Veneto, Friuli-Venezia Giulia, Emilia‐Romagna, Toscana, Umbria, Marche, Abruzzo, Molise, Lazio, Campania, Puglia, Basilicata, Calabria, Sicilia e Sardegna, Renato abordou as linhas de harmonização e os estilos de vinhos dos mais frescos até os mais encorpados.
Antepasto, conjunto de iguarias servidas antes da refeição, o primeiro prato da gastronomia italiana formal. Gosto tanto que poderia passar a noite inteira só no antepasto, principalmente quando é composto por salaminho, presunto Parma, mortadela, rosbife, berinjela em conserva e tomatinho confit.
O rosé chileno Artifice do Vale Central deu o “start” junto com um espumante enquanto apreciávamos o antepasto.
Bacalhau à Vicentina, típico de Vicenza, servido com polenta, aliche, cebola e alcaparras harmonizou com um branco cítrico, herbáceo, bem fresco da Nova Zelândia, o Pulpo Sauvignon Blanc Marlborough 2020.
A Sauvignon Blanc é uma variedade de fácil adaptação em vários solos e climas, porém resulta em vinhos com perfis aromáticos completamente distintos. Em climas quentes, como no Vale Central do Chile a uva exala aromas de fruta madura, já em climas frios como em Marlborough na Nova Zelândia tende para notas cítricas e herbáceas, o que me encantou no Pulpo Sauvignon Blanc 2020, vinho que passa por 6 a 8 horas de maceração a baixa temperatura para atingir a máxima expressão de aromas. R$ 273 na Casa Rio Verde.
Pensou em comida italiana vêm massa e risoto na cabeça e eu nunca tinha provado risoto de haddock. Achei ótimo, feito com mascarpone e para finalizar cebolinhas e ainda ovas.
Não conhecia também a uva Colombard, originária da França, que resultou no leve Du Neuf I.G.P. Côtes de Gascogne 2021 (R$165 na Casa Rio Verde).
Os tintos da aula foram de estilos completamente diferentes um do outro, Pinot Noir da França, corte de uvas autóctones de Portugal e Cabernet Sauvignon do Chile.
Meu coração bate forte pelo La Grive Musicienne I.G.P. 2020, o Pinot Noir campeão da Liber Wines de excelente custo-benefício (R$89).
Pelo mesmo preço, chegou o GLORITA I.G.P 2020, com 30% Touriga Nacional, 30% Alicante Bouschett, 40% Castelão, novidade na Liber.
Na linda panelinha de cerâmica da Simone Braga o confortante ragu de cordeiro com purê de batatas e gremolata de pinolis acompanhou os tintos.
Com biscoito champanhe e vinho do Porto, em uma versão simples e fácil, o Tiramisu tinha mesmo que ser a sobremesa dessa noite de receitas italianas.
Na próxima quinta-feira, dia 27 é a vez da cozinha portuguesa harmonizar com vinhos de outros países.
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Renato Quintino Gastronomia
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