Chef Gabriel Trillo lança menus degustação em 6 tempos no Pátria e recebe nomes consagrados da gastronomia de BH como Flávio Trombino, Américo Piacenza e Caio Soter.
Na primeira edição de jantares a quatro mãos, Caio Soter e Gabriel Trillo apresentaram o menu “Riquezas do Nosso Brasil”, harmonizado com vinhos mineiros da vinícola Estrada Real e Casa Geraldo. Cada chef serviu uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.
Caio soter inaugurou com a tostada de canjiquinha, linguiça caipira creme de requeijão moreno e caviar de jabuticaba, pura mineiridade. O terceiro tempo foi um prato de sucesso, desde o primeiro menu do Pacato, a prova de que peito de frango pode ser muito saboroso. A fatia suculenta de frango assado é servida com uma fina camada de sobrecoxa e urucum, que dá mais sabor e colore o prato. Foi acompanhado de uma densa glace, mini quiabo e purê de cenoura.
A sobremesa do Caio foi o caqui fresco com tartare de manga e creme de capim limão.
Gabriel Trillo apresentou a régua de mimos do Pátria, composta por três ótimos snacks. O carpaccio de pirarucu com geléia de taperebá surpreendeu e eu estou na torcida para virar uma entrada fixa do menu. O pato desfiado e cozido no tucupi e jambu é servido em um suflado de tapioca e o tartare de carne serenada vem com maionese de limão capeta.
No quarto tempo, apreciamos o cupim assado em baixa temperatura, purê roxo e glacê de açaí.
Gabriel finalizou com uma sobremesa bem leve com um interessante chantilly de queijo de cabra por cima do pavê de morango com cupuaçu.
Fiquei feliz em ver como os vinhos mineiros estão ganhando espaço, e bem merecido, pois já temos rótulos de boa qualidade. Quem iniciou a produção de vinhos finos em Minas Gerais foi o engenheiro agrônomo, Murillo de Albuquerque Regina, que teve a percepção de alterar o ciclo da videira para que a maturação das uvas ocorresse no inverno, quando o clima é seco, os dias ensolarados e as noites frias, condições ideais para a colheita de uvas vitis viníferas. As primeiras mudas foram plantadas em 2001 e somente em 2010 o mercado conheceu a vinícola Estrada Real.
No jantar degustamos o Primeira estrada Chardonnay 2022 e o Syrah Rose 2021, dois vinhos elegantemente frutados e bem equilibrados.
Murillo Regina foi inclusive consultor não só da Casa Geraldo como de praticamente todas as vinícolas mineiras que andam despontando por aí. A linha Colheita de Inverno da Casa Geraldo representou um grande salto que a vinícola de Andradas deu, fundada em 1969 e conhecida pelos vinhos de garrafão Campino.
O tinto Casa Geraldo Colheita de Inverno Syrah 2019 mostra típicas notas de frutas negras e taninos aveludados, amaciados por doze meses de carvalho americano e francês. Já o Moscato Colheita Tardia 2023 revela agradáveis notas de lichia. Degustamos também o espumante de método tradicional.
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Pátria recebe Caio Soter na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta
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