Que espetáculo foi o Fuegos Festival 2022! Grandes chefs ao redor do fogo e um show de possibilidades na brasa.
Apaixonada por miúdos que sou me esbaldei na moela, língua, sambiquira, coração, pé de galinha e cabeça de porco. E fui também nos mais óbvios como ancho, chorizo e short rib.
Brochete de sambiquira com coração do Flávio Trombino,
língua defumada ao molho funghi com pure rústico de batata a l’ancienne do André de Melo,
moela caldosa com polenta e pé de galinha e seu puro colágeno, certeiras escolhas do Marcos Livi que usou o frango inteiro, esse foi só o começo.
O porco foi destrinchado pelo Cristóvão Laruça que a cada momento fazia um corte diferente. Até a cabeça foi aproveitada.
Caio Soter e Felipe Galastro também se aventuraram em vários preparos de porco.
No estilo medieval, Kiki Ferrari trabalhou o porco no rolete temperado com poudre fort, mix de especiarias tradicionais da idade média.
Diretamente de Montes Claros, terra da carne de sol, veio o lagarto de sol Black Angus escolhido pelo Guilherme Melo para a brasa além do crepinette, uma espécie de linguiça aberta de bochecha e papada de porco envolvida no redanho.
Marinado por três dias em cachaça, rapadura e especiarias o copa lombo nas mãos do Thiago Thibau foi desfiado e enrolado na couve passada na brasa junto com coleslaw e barbecue de cochujang, pasta de pimenta coreana fermentada.
O casal Guilherme Furtado e Gabriela Guimarães solidificou a pinga colada. Primeiro o abacaxi é defumado na brasa e depois fica infusionado na cachaça, rum, malibu, açúcar mascavo, canela, anis estrelado e cravo da índia. Esse coquetel sólido é finalizado com raspas de laranja, páprica defumada e hortelã.
Até a broa de milho foi para a brasa assim como o doce de leite defumado acompanhado de farofa de café, criação do Rafael Pires para adoçar esse mega festival do fogo.
Comi isso tudo? Sim, e mais outras delícias em 8 horas de orgia gastronômica.
Parabéns pela organização, Marcelo Wanderley, foi um sucesso absoluto!
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Fuegos Festival