A Confraria Luluvinhas inaugurou o primeiro jantar feito na cozinha do Turi, que será aberto ao público oficialmente no dia 12/11. O chef Cristóvão Laruça do Caravela, Capitão Leitão e Beco se prepara para o quarto restaurante com um conceito inédito em BH. A brasa é a única forma de cozimento no Turi, não há eletricidade nem gás para fazer as comidas, somente lenha.
O encontro das Luluvinhas liderado pela Vanessa e Eveline dessa vez versou sobre corte bordalês, o mais cultuado e imitado do mundo. Cabernet Sauvignon e Merlot são as uvas tintas mais cultivadas na região de Bordeaux sendo Sauvignon Blanc e Sémillon as brancas. Além de provar as vinhos das castas mais famosas do mundo, aprendemos mais um pouco, harmonizamos e apreciamos pratos que farão parte do cardápio do Turi.
Tomates defumados na brasa complementaram a burratina feita por um italiano que mora em Barabacena, o primeiro prato da noite harmonizado com um Bourdeaux branco Sauvignon Blanc da importadora Cantu: Franc Beausejour 2019.
Legumes na brasa têm outro sabor, e o chef ainda temperou com gergelim torrado e tucupi negro, ficou sensacional para servir com peixe maturado por dry aged por 15 dias. Aqui foi feita uma ousadia em harmonizar com o tinto La Grange Clinet 2017 de corte Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, da World Wine.
O processo de dry aged para carnes agrega sabor, o que não acontece no peixe, que na realidade tem o seu frescor preservado. No Turi o olhete maturado em câmara de temperatura e umidade controlada garante peixe fresco por dias, imprescindível para nós que moramos longe do mar.
Com o colágeno do olhete de mar, Cristóvão fez uma espécie de pil pil com uma maravilhosa cremosidade. Uma deliciosa manteiga de peixe!
Cogumelos defumados na brasa com socarrat canjiquinha de milho vermelho crioulo da Fazenda Vista Alegre foi o terceiro prato, harmonizado com um rosé de Cahors de aromas surpreendentes trazidos pela Malbec. O Comté Tolosan Gouleyant 2017 é importado pela Mistral.
Socarrat é o nome daquela casquinha que se forma no fundo da panela de arroz e o chef trouxe a técnica para o milho vermelho crioulo.
Frutas assadas na brasa é outra maravilha servida no Turi, como o pêssego que acompanhou uma das melhores carnes de porco que já provei. O vinho harmonizou perfeitamente, alías, os vinhos harmonizaram. Nesse caso revezamos as taças de Cuvée Guiseppe Miolo 2017, Vale dos Vinhedos/RS e Amante Las Niñas 2016, Apalta, Valle de Colchagua, ambas com o corte Merlot e Cabernet Sauvignon.
A presa de porco é um corte ibérico não tão conhecido no Brasil. Especializados em cortes suínos, a Matuto está há oito anos desenvolvendo a genética de porcos Duroc, Pietrain e Moura criados soltos na fazenda de terras mineiras.
Disparadamente o melhor vinho da noite, o Amante Las Niñas 2016 é um garimpo do Rudá Serra, wine hunter da importadora Sommelier4u.
E tem brasa até na sobremesa. O marsmallow da torta de chocolate é queimado com o calor do carvão.
Cortes bordalês pelo mundo.
Com as líderes Lulus.
Obrigada amigas, sempre uma honra!
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Turi
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