Famoso coquetel italiano é inspiração para mixologistas criarem suas próprias versões.

 

A abertura oficial da semana dedicada ao Negroni reuniu no Seu Bias nomes consagrados na coquetelaria de BH como Xandão Loureiro, Jezebel, Filipe Brasil, Jasmine Gomes, Diego Kurz e Tony Harion que se juntaram ao anfitrião da casa Vitor Moretti e sua equipe.

Os bartenders soltaram a criatividade para inserir ingredientes como pimenta, pepino, wassabi, matcha, abóbora, goiabada, amêndoas, priprioca, abacaxi, maracujá, pêra, melão e cacau em suas versões de Negroni, que classicamente é feito de gin, Campari e vermute rosso. Foram combinações cheias de técnicas, elaboradas exclusivamente para essa noite.

“Usei tequila infusionada em goiabada cascão, vermute Carpano e Campari. Fiz um processo de clarificação no leite para deixar o coquetel cristalino, porém mantendo a essência do Negroni. Temos aqui um adocicado equilibrado da goiabada, o lácteo do processo e para finalizar vai um queijo Canastra no palito. A ideia é misturar mineiridade com o Campari italiano nesse coquetel que é por muitos anos o mais vendido no mundo”, destaca Xandão Loureiro.

Servido em uma taça Coupe de haste longa com borda de flor de sal com cumaru, Kakah Cordeiro deu brasilidade ao drink ao usar cachaça de amburana com infusão de priprioca. “Dei o nome de Bragança em homenagem à família real brasileira, já que Negroni é o nome de um conde que pertenceu à família real italiana.”

Picles caseiro deu um toque salino e suavizou o amargor do Campari no Sakura Negroni da Cibele Guimarães, a Jezebel. “Criei hoje mesmo essa receita que leva gin, Campari, Lillet e uma salmoura de pepino que eu mesma faço, pois não me agrada o amargor pesado do coquetel clássico, então trouxe uma salinidade para equilibrar”. Foi o meu coquetel favorito e ainda vem com o tal picles como guarnição.

“Meu Negroni foi feito para pessoas que não gostam de Negroni. Sendo assim, amenizei todas as notas alcoólicas que são bem potentes. O vermute rosso troquei pelo branco, o gin suavizei com amêndoa e trigo sarraceno tostados e macerados, como um fat wash de manteiga de amêndoas e finalizei com raspas de chocolate ao leite. Com isso eu trouxe um toque amendoado e achocolatado com boa untuosidade para deixar o coquetel um pouco menos agressivo ao paladar”, confessa Filipe Brasil que não é apreciador de Negroni e fez uma versão bem elegante do drink.

Adorei a sensação seca do Negroni dell’Imperatore elaborado pelo Tony Harion com aguardente de cevada maltada defumada, White Duck Smoked infusionado em cacau tostado e licor de especiarias Golden Massala.

Jasmine Gomes investiu no mix de pimentas para o seu Negroni Caliente.

Vitor Moretti inusitou com gin infusionado em matcha e abóbora caipira e Diego Kurz ousou no aceto balsâmico com soda de grapefruit.

Frutas apareceram nos coquetéis do Jhoander Figuera que usou extrato de abacaxi assado; do Vinicius Peraltta com cordial de maracujá com manjericão; do Marcus Germano que explorou o melão e da Tainara Soares no gin de pera.

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Negroni Week no Seu Bias na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta

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Seu Bias

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