Restaurante primordialmente franco-italiano, mas que passeia por sabores do mundo, sempre em busca de renovações.
Felipe Leão começou sua carreira aos 18 anos no curso de hotelaria e turismo. Estagiou no Oton Palace e Pichita Lanna Buffet por cinco anos. “Meus pais sempre me incentivaram e diziam: melhor você ser um ótimo cozinheiro do que um péssimo advogado. Se é a profissão que você quer seguir vá em frente. Isso foi há 25 anos, uma época em que não se apostava muito na profissão de chef de cozinha,” desabafa.
Em busca de aprimorar sua formação no berço da alta gastronomia, desembarcou na França para uma imersão no curso de três anos da respeitada escola pública Ecole Gregoire-Ferrandi, que na época oferecia 14 vagas para 800 candidatos, a maioria franceses.
Durante os estudos adquiriu experiência no The Winstub e La Table d’Olivier Nasti na Alsacia, onde fez parte da conquista da segunda estrela michelin do restaurante. Em Paris trabalhou no Laurent com o chef Alain Pegouret e na cidade de Laguiole completou seu sonho em comandar as panelas do três estrelas michelin do chef Michel Bras.
Após 6 anos na França retornou ao Brasil como chef do Pichita Lanna. Junto com os sócios Cantídio Lanna e Massimo Battaglini esteve à frente do EVO Buffet em Brasília e após 10 anos na chefia de buffets resolveu abrir seu restaurante.
O Villeon foi planejado no meio da pandemia enquanto Felipe entregava refeições cuidadosamente elaboradas em casa. O restaurante tem a cara de uma vila italiana, projetada pelo arquiteto Cristiano Sá Motta e abriu as portas em dezembro de 2021. Felipe Leão usa em seus pratos técnicas francesas para executar receitas com ingredientes locais e influências internacionais.
O perfume que exalava dos camarões salteados em óleo de baunilha brasileira já havia me conquistado e, ao provar, delirei com a mescla de sabores cítricos do molho de tamarindo com leite de coco e o adocicado do gnocchi de banana da terra e castanha de caju. Um prato com toque tailandês de muitas sensações (R$126).
A costela bovina desfiada e prensada estava desmanchando, coberta de uma maravilhosa camada de requeijão moreno da Fazenda Santa Rita, acompanhada risoto de milho branco e folhas de agrião (R$95).
Mas antes dos principais provamos ótimos petiscos que contrastam o doce com o salgado. O croc de queijo canastra meia cura é mais leve justamente para deixar aquela cremosidade na mordida e por cima vai caramelo salgado de doce de leite (R$36).
Na costelinha de porco com polenta de queijo coalho frita, rega-se o melado de cana do Sr. Aparecido de Felício dos Santos/MG (R$48).
Em uma lata de extrato de tomate Elefante chega à mesa o polpettone em seu molho picante e fonduta de queijo, daqueles ideais para se mergulhar um pãozinho (R$45).
Sobremesa da culinária francesa, a Vacherin é feita com calda de framboesa, sorvete de baunilha, suspiros e chantilly (R$33) e a Nuage de Dolce de Lait acompanha calda de caramelo, pralinê de amêndoas e sorvete de queijo (R$30).
O Café Gourmet vem cheio de mignardises (R$22).
Às quartas-feiras, faz sucesso o “Menu du Jour”, com entrada, prato principal e sobremesa, por R$108.
Para essa noite levamos o tinto Pequenos Rebentos Atlântico D.O.C. 2020 (R$289) da Liber Wines, blend de 80% Cainho Tinto e 20% Pedral e Alvarelhão, uma surpresa da Região dos Vinhos Verdes elaborada pelo enólogo Márcio Lopes fruta com fruta vermelha vibrante, acidez viva e elegantemente estruturado.
Com meu sommelier preferido, Croquete!
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Villeon na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta BH
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Mais degustatividade no Villeon
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Villeon
Rua Luiz Soares da Rocha, 21, Luxemburgo, Belo Horizonte, MG, Brasil