Depois do sucesso de 20 anos de casa sempre lotada do bar carioca Redentor, surge ao lado um paulista, do mesmo dono, o Moema, e já está com mesas cheias, assim como seu vizinho.

O chef Pedro Mendes trouxe versões de comes consagrados em sampa para BH como o bolovo e o sanduíche de mortadela, que por sinal foram os meus petiscos preferidos do cardápio, depois do jiló, confesso.

Se você não curte jiló (R$24) experimente esse e vai passar a gostar. Meu amado jiló foi recheado com bacon artesanal, cozido em caldo de frango, e finamente empanado. Depois o velutê de frango ainda é derramado ao redor.

Por dentro o jiló é macio, suculento e por fora crocante, mesmas qualidades do croquete de costela (R$48).

O bolovo (R$35) também tem essa casquinha fina e crocante por fora e a gema estava perfeita. O ovo é caipira, envolto em um blend de carne bovina e bacon defumado, finalizado com azeite trufado e ragu de bacon glaceado no vinho e molho de tomate.

 

“Acabei de voltar de São Paulo, pesquisei vários sandudas e não achei nenhum com alface e tomate, as opções são basicamente só com mortadela e queijo, no máximo um vinagrete. Resolvi colocar uma saladinha dentro pois estamos mais acostumados com alface e tomate em sanduíches. A mortadela passa pela frigideira para dar uma tostada e dou uma pincelada de mostarda djon no pão francês”, explica o chef Pedro Mendes sobre sua versão do sanduba mais pop do Mercadão Paulista.

Achei bem interessante o toque de mexerica na linguiça (R$38)

e as coxinhas cremosas (R$38) são feitas com coxa e sobrecoxa desfiadas, envolvidas em molho bechamel e empanadas.

O ceviche tem um adocicado do melão e do chips de batata doce.

Sobremesas: pudim de doce de leite (R$15); brownie com sorvete artesanal de cookies e ganache de chocolate (R$25); tartelete de goiaba com creme de doce de leite, queijo Canastra e rapas de limão (R$22).

Leveza e elegância é a marca registrada dos coquetéis do mixologista Tiago Santos, que começou sua carreira em 2006, quando fez curso de Bartender na extinta Beedoos. Chegou a ter 170 receitas no Restaurante 2009 e assinou diversas cartas de drinks espalhadas por BH – Gilboa, MeetMe, Vecchio Sogno, Laicos, Kanpai, Caê, Timbuca, The Urbn,Olívia, Redentor e hoje está a frente do Moema como gestor de operação. Claro que são criações dele os coquetéis com nomes de bairros e ruas de São Paulo, cheios de frutas e refrescância.

Dentre autorais, tem gin e grapefruit no Madalena (R$29,80), cachaça e lichia no Moema (R$26,50), aperol e morango no Augusta (R$29,80), vodka e jabuticaba no no Lapa (R$28,80).

O Mojito, ganhou rum de coco (R$27,80).

Os clássicos tem um toque especial de quem sabe suavizar os “pancadões” e deixar o paladar aguçado.

Curtido por 3 meses em uma ânfora de barro, a mistura de cachaça e vermouth rosso do Rabo de Galo (R$23,50) se torna aveludada.

Passa por duas madeiras diferentes, barril de carvalho e de amburana para que seja seja reduzida a percepção alcoólica do Negroni (R$32) e assim o vermute vem à tona.

Whisky turfado, defumado com madeira de reflorestamento, entra na composição do Penicilin (R$39), uma experiência à parte. Trata-se do Robustus, da Lamas, destilaria mineira!

Palmas para esses clássicos nas mãos de Tiago Santos.

Com meu croquete.

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Moema Bar na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta

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Moema Bar

Rua Sergipe, 1370, Savassi, Belo Horizonte, MG, Brasil

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