Na quinta aula semestral do Renato Quintino, o tema foi “Cosmopotitan”, um menu que transcede divisões geopolíticas e abrange a culinária do mundo inteiro.
Iniciamos a viagem gastronômica pela América Latina e Espanha, partimos para o Marrocos, atravessamos para Hong Kong, voltamos ao continente latino para Buenos Aires e terminamos no Brasil.
Começamos por um prato que eu comeria todos os dias, sem culpa, bem leve, colorido, cheio de sabor. Separadamente estavam o tartar de atum, o mexicano guacamole e uma versão da sopa fria espanhola de nome gazpacho que Renato inventou, o gazpacho picado, uma saladinha de tomate, pepino e cebola regada a um molho denso espetacular de castanha de caju com levedura nutricional, shoyo e vinagre de arroz.
Tajine, o recipiente de barro com tampa cónica usual nos países árabes norte-africanos dá nome também ao prato típico dessa região, uma espécie de guisado.
A receita do Renato leva camarão, cuscuz com ervas e amêndoas. Simples de fazer e delicioso.
A alma do Ramen é o caldo, riquíssimo em sabor, que chega a levar 3 dias de preparo. Para simplificar sem perder sabor, a dica é levar ao forno por meia hora uma assadeira com costelinha de porco, frango a passarinho, bacon, depois acrescentar água e shitake seco e deixar mais duas horas marinando com shoyo e vinagre de arroz.
Ficou sensacional.
Milanesa ala napolitana, típico prato portenho, é diferente mas parecido com a nossa parmegiana.
O bife é empanado na farinha de pão com orégano, grelhado na frigideira e acrescido de presunto tipo parma, mussarela, molho de tomate e finaliza-se com maçarico.
No final, panqueca de banana, iogurte de doce de leite, farofa de limão capeta para equilibrar o doce e homenagear ingredientes brasileiros.
No bar de vinhos da Casa Rio Verde o destaque foram os espanhois Vulcanus Alpha 100% Tempranillo (R$238,09), medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas e o Quinta Del 67 D.O. Almansa (R$276,71), vinhas velhas de Garnacha Tintorera entre 40 e 50 anos de idade, não recebem irrigação e trabalham com baixa produtividade.
Interessante o rose Vale Perdido, vinho regional de Lisboa, com apenas 9% de álcool, levemente frisante, refrescante e lembra o vinho verde.
Uma verdadeira viagem de sabores intensos!
Foto: Jane Linhares
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