Não imaginava o quão espetacular poderia ser um vinho feito lá para os lados da Holanda e da Bélgica, terra da cerveja. Fui para a aula do Renato Quintino curiosa para desbravar esse terroir de clima frio e úmido, com poucas horas de sol ao longo do ano, nada propício para o cultivo de videiras, porém bastante curiosa para descobrir novos rótulos que sequer chegam no Brasil.
Renato trouxe na mala dois excelentes vinhos holandeses e outro belga também surpreendente para a aula de vinhos e harmonização “Volta ao Mundo em 80 Uvas”.
O fato é que a vitivinicultura na Holanda e na Bélgica vem se desenvolvendo em decorrência da elevação da temperatura do planeta e do surgimento de novas variedades de uvas resultantes de cruzamentos, que são mais resistentes aos fungos e amadurecem mais rapidamente.
É o caso das variedades Johanniter, Solaris, Cabernet Blanc, Cabernet Dorsa, criadas em institutos de melhoramentos há mais de 50 anos e que dão origem a vinhos incríveis.
Para acompanhar essas maravilhas o menu foi baseado em comidas típicas desses dois países como o croquete de camarão servido com maionese de páprica,
o Galeto assado com ervas e especiarias,
(e foi um galeto inteiro para cada! Nem acreditei que comi tudo)
o Vlaamse Karbonade, que se assemelha a nossa carne cozida, porém com ameixas pretas secas
e o Brioche, caramelo de flor de sal, ganache de chocolate, chantilly, mirtilo, avelã.
A cada taça que se enche os alunos vão para a varanda para uma análise sensorial e troca de experiências e vivências, casos e percepções, alegria e descontração.
“É feita uma identificação do vinho também pela uva, porém seus aromas e sabores variam demais dependendo de onde ela é plantada. Então a minha proposta para esse ano é trazer as uvas e suas diferenças em cada terroir”, conta Renato sobre seus planos para as aulas de vinhos e harmonização.
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Renato Quintino Gastronomia
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