Começamos o ano com uma ótima novidade no Pacato. Aos sábados e domingos o restaurante de alta gastronomia mineira abrirá para almoço de 12:00 às 16:00.
Quando a gente pensa em comida mineira logo vem em mente aquela mesa farta para compartilhar. Seguindo essa linha, o chef Caio Soter preparou um menu de almoço que serve duas ou quatro pessoas com opção de frango assado, costelinha de porco, costelão assado e picanha de sol a partir de R$168. Quaisquer das escolhas vêm com cinco guarnições, que podem ser adaptadas a gosto do cliente. Cada uma delas é feita com um toque especial do chef e representam as raízes mineiras servidas com muito capricho. Em uma perfeita cremosidade, o purê de abóbora tostada recebe uma fina camada de queijo artesanal mineiro do Seu Miguel por cima. Para chegar nessa maravilhosa textura a abóbora passa por diversos processos e ao longo deles vai agregando muito sabor. A salada de beterraba vem com coalhada, semente de abóbora, hortelã, melaço de cana e aceto balsâmico.
O arroz é entremeado com bacon e brócolis caipira em que se aproveita até a folha de brócolis. É possível optar pelo tradicional arroz branco, mas sugiro não cometer esse pecado. Uma fofura o picles de mini milho, que ao ser fatiado fica em formato de flor. Essa delicadeza decora e dá uma acidez à farofa de milho tostada servida na panelinha de cobre. Taioba é uma das folhas mais mineiras e mais apetitosas, e o Caio teve a ideia de acrescentar castanha de pequi no refogado, ótima sacada. É possível se esbaldar somente nas guarnições, sem a proteína e fica em R$76.
Há sempre duas opções de pratos individuais, sendo um vegetariano como a versão Wellington com glace de cebola (R$ 86).
Caio Soter é um grande apreciador de frango e fez dele uma das maiores estrelas no menu degustação que é servido a noite. Não deixe de provar o que o chef fez no almoço, aquele frango assado suculento com pele crocante e muito sabor. De um dia para o outro o frango fica submerso em vários temperos e passa por uma série de cuidados até chegar à sua mesa. Ainda vem o caldinho rico para molhar mais ainda cada pedaço do frango, que é fatiado na mesa.
Vale muito a pena passear pelas entradas antes de pedir o baquete principal. O pastel de angu com umbigo de banana tem aparência de carne desfiada e é uma delícia, servido com coalhada da casa e gotas de azeite de basílico (R$42).
O croquete de cupim está imperdível, tem uma casquinha finíssima por fora e é servido com molho romesco a base de pimentão tostado e laranja (R$48). Ambas as entradas têm 8 unidades.
Não se preocupe em comer com as mãos pois é oferecido um lecinho com lavanda para limpar os dedos.
O couvert é uma telha de pão de queijo com patê de fígado de galinha e pó de tomate. Comeria uns 50!
Como boas-vindas, é servido um drink com o nome da Dona Lucinha, feito com goiabada cascão, cachaça, cerveja e chantilly de limão, servido numa canequinha esmaltada, pura mineiridade.
“Eu sou mineiro nascido e criado em Belo Horizonte, apaixonado pela nossa cultura alimentar, pelos nossos pontos turísticos, pelos nossos ingredientes preferidos, pelo Mercado Central, então no meu caminhar pela cozinha sempre me encontrei mais fazendo comida mineira. A comida mineira tem essa fama de ser pesada, mas ela merecia estar nos restaurantes de alta gastronomia de uma forma mais moderna e mais jovem. Costumo brincar que a gente coloca uma roupa de missa nos pratos tradicionais, aquela roupa de domingo mais chique, mas que no final das contas você vai lembrar é do gosto do frango com quiabo da casa da avó mesmo. Esses pratos mereciam estar no mesmo nível do camarão. Quero mostrar para o belo-horizontino que o que ele come na casa da avó dele, também pode ser apreciado num restaurante chique, pois a gente não vai decepcionar. O objetivo é mostrar a comida mineira de uma forma diferente e lembrar esse sabor que toca a memória afetiva de todos nós”, conta Caio Soter orgulhoso do seu projeto.
Coisa mais linda essas xícaras de café.
Para harmonizar com o menu, o sommelier Gustavo Giacchero selecionou em torno de 80 rótulos sendo 50% vinhos do Brasil com objetivo de valorizar os produtores que estão fazendo um trabalho sério ao colocar o vinho brasileiro no patamar que ele merece. “Buscamos sempre trabalhar com pequenos produtores de baixa intervenção nos vinhedos e nos vinhos já que comunga bem com a proposta do Pacato”, ressalta Gustavo.
Apreciamos um tinto muito macio da vinícola brasileira Maximo Bosch, o Vezzi Boschi Temisto Merlot 2020.
Na sobremesa, uma charada. Tente adivinhar o que é essa marmelada que não é de marmelo. Acompanha uma gelato maravilhoso de capim limão Mi Garba e farofa de pão doce (R$32,70).
Torta de milho com canastra e doce de leite fermentado (R$35,70).
Na melhor companhia:
O Pacato faz parte da terceira edição da campanha #vemprabh com o objetivo fomentar e divulgar a retomada do turismo em Belo Horizonte, incentivando visitantes e moradores a conhecerem a capital. O evento é realizado pelo portal Turismo de Minas e aprovado no edital de apoio a eventos turísticos da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte – Belotur, com o patrocínio da Prefeitura de Belo Horizonte.
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Pacato na minha coluna de gastronomia do Cidade Conecta.
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Pacato
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