Embaixador dos Vinhos do Alentejo no Brasil, Gustavo Giacchero conquistou o título esse ano na cidade de Évora, em Portugal e levou a disputa de melhor sommelier. Sempre gostou de ministrar aulas em confrarias e trabalhou em requintados restaurantes de BH como Fasano e Alma Chef. Está sempre batendo um bom papo sobre vinhos em suas lives no perfil do instagram @seu_vin.

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A confraria on line do dia 07 de julho teve o tema “A História dos Blends no Mundo do Vinho” e recebemos em casa 5 garrafinhas de 80ml para apreciar rótulos da França, Portugal, Chile, Argentina e Estados Unidos, da importadora Wine Lovers. Os preços das garrafas são promocionais para participantes da confraria.

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O primeiro vinho foi o Château Le Thou Collection Rouge – AOP (R$74), da região de Languedog, produzido pela vinícola Famile Valery, há três gerações nas mãos da mesma família. Com 70% de Syrah era de se esperar mais aromas de especiarias, caraterística marcante dessa uva, porém os 30% de Grenache se fizeram mais presente no nariz. Apesar do Languedog ser intensamente sediado por grandes produtores de produção em massa é possível encontrar pequenas vinícolas como essa.

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Projeto pessoal do reconhecido enólogo Pedro Ribeiro, o Bojador é um vinho orgânico na busca pela mínima intervenção, sendo integrante do Projeto de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo. Trabalha com um linha de vinhos de talhas, em respeito à cultura milenar do sul de Portugal. Esse blend de uvas autóctones – 50% Aragonez, 30% Touriga Nacional, 20% Trincadeira – tem fermentação com leveduras indígenas e envelheceu 6 meses em barris de carvalho francês (R$110).

W of Pains é o projeto pessoal de Willian Cole, com vinhedos próprios no Vale de Casablanca. Blend de 60% Cabernet Sauvignon 30% Carmenere 10% Carignan (R$91) que já me agradou às cegas pelo “temido” aroma de pirasina. Não sei quem lançou essa moda de falar mal da Carmenère pelos seus aromas de pimentão assim como no Cabernet Sauvignon chileno. É certo que os que se dizem entendidos por essa crítica sem fundamento, já estão fora de moda.

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Da região de Alto Agrelo, tida como a melhor para se vinificar malbec em Mendoza, o Finca Altofer Premium 2014 tem 50% Malbec 50% e Cabernet Sauvignon (R$87). A bodega Viñas Don Martín é administrada por um grupo suíço que preza pela alta qualidade dos seus vinhos.

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O último vinho me levou de volta pro Napa Valley, já que a doçura da Zinfandel ficou marcada na minha memória. O Burnside Road Sunset (R$151) tem um inusitado corte de 36% Zinfandel, 30% Merlot, 20% Malbec, 14% Syrah, projeto pessoal do enólogo Joe Otos.

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Entre uma taça de outra Gustavo discorreu sobre os Blends no decorrer da história e assemblages clássicos pelo mundo tais como as mesclas de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot e Malbec em Bordeaux,  “G-S-M” Grenache, Syrah e Mourvèdre no Rhône, Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier em Champagne e Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Amarela para elaboração mais típica do vinho do Porto.

Muito obrigada por essa experiência, Gustavo!

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