Sherry Week é um evento em que se comemora a Semana Internacional do Jerez em mais de 2.000 eventos cadastrados por mais de 30 países. A confraria Luluvinhas de novembro de 2019 participou com um baita jantar harmonizado no Vecchio Sogno, entre os 17 eventos que aconteceram no Brasil.
O tema da noite foi Espanha e é claro que o Jerez estaria dentro, uma preciosidade pouco conhecida no mundo do vinho, mas que está entre os grandes clássicos como vinho do Porto, Madeira, Tokaj e Champagne.
Jerez é um vinho fortificado, em que se acrescenta álcool vínico no processo de fermentação das uvas Palomino, Pedro Ximénez e Moscatel. Só pode ser chamado de Jerez o vinho licoroso produzido na região de Andaluzia, especificamente nas cidades Jerez de la Frontera, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria, as quais pertencem a uma Denominação de Origem. o Conselho Regulador das Denominações de Origem Jerez-Xérès-Sherry data de 1933. A magia do Jerez está na camada de leveduras características do local que forma o chamado véu de flor e protege o líquido do contato com o oxigênio, evitando a oxidação e liberando aromas especiais ao processo de vinificação.
Começamos a noite com o jerez La Guita Manzanilla (R$177 na Zahil), proveniente de Sanlucar de Barrameda, feito a partir do vinhedo de maior qualidade dessa bodega de um vinho só. Nada mais apropriado do que tapas, como são chamados os aperitivos na Espanha, preparadas pelo chef Ivo Faria. É uma vinho extremamente mineral e chega a ter notas salgadas, além de aromas de camomila de maçã.
Passamos para mais um jerez, o Real Tesoro Fino (R$126 na Zahil), produzido em Jerez de la Frontera. O fino tem o mesmo processo de produção do manzanilla, se diferem apenas pela região em que são feitos, o que dá ao manzanilla uma maior salinidade por estar mais próximo ao oceano.
Tempranillo é a uva emblemática da Espanha, sendo fortemente cultivada em La Rioja, a primeira DOC espanhola reconhecida, em 1991. O monovarietal Ramón Bilbao (R$126 na Cantu) harmonizou com o envelope de costelinha e rabada em robe massa filo com polenta frita e agrião.
Jumilla é uma região espanhola que tem despontado nos últimos anos com vinhas velhas de Monastel e vinhos ícones. Vinhedos antigos têm baixa produtividade e melhor rendimento da fruta, com mais concentração de sabor. O Casa Castillo Vino de Finca (R$245 na Casa Rio Verde) é um blend de 75% de Monastrel e 25% Garnacha bastante elegante que acompanhou o tortelli de fonduta com trifolati de funghi e mel.
Entre as regiões de maior qualidade e que produz os vinhos mais caros do mundo está o Priorato, no nordeste da Espanha. De Muller Priorat Legitim (R$300 na Casa Rio Verde) é um tinto potente e inesquecível, equilibrado, com taninos marcantes a partir da mescla entre Garnacha, Merlot, Syrah e Cariñena. Provamos essa maravilha com coração de filet ao molho de mirtilo, espinafre e nhoque de inhame grelhado.
A delicadeza da tortinha de iogurte com frutas marinadas foi ideal para fechar a noite. Fugimos da Espanha e apreciamos o espumante que leva o nome da casa. Vecchio Sogno Brut by Fausto Pizzato (R$89), método tradicional e fina perlage.
Grande noite da primeira confraria mista, em que os homens puderam invadir o encontro das mulheres Luluvinhas. Vinhos espanhóis de alta qualidade, pratos de uns dos maiores chefs de BH e o conhecimento das queridas Vanessa e Eveline sem compartilhado numa noite ao som do piano do Vecchio Sogno.
Muito obrigada, meninas, vocês são o máximo!
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