A Sicília tem tradição no mundo do vinho reconhecida principalmente pelo Marsala, o fortificado produzido com uvas brancas locais como Grillo, Catarratto, Inzolia e Damaschino, ou as tintas Nero d’Avola, Nerello Mascalese e Pignattello. Essas uvas também são usadas para vinhos secos, que atualmente vem ganhando fama no quesito qualidade em detrimento a quantidade. É a segunda maior região produtora de vinhos da Itália e só perde para o Veneto. Das mais importantes vinícolas sicilianas, a Tasca d´Almerita é responsável por elevar reputação dos vinhos com exemplares de qualidade como o Rosso del Conte, o qual tive a honra de ter degustado no jantar promovido pelo José Maria Carvalho, gerente comercial da Mistral de BH. Mais outros cinco rótulos da Tasca d´Almerita foram brilhantemente apresentados pela embaixadora Natallia Filardi em harmonização com um menu especial preparado pelo chef Ivo Faria no Vecchio Sogno.
O bate-papo começou pela agradável citricidade do Sallier de la Tour Grillo 2017 (R$132), produzido 100% com a uva Grillo pela tradicional vinícola Sallier de la Tour, modernizada pela Tasca d’Almerita após um acordo de sucesso firmado entre os proprietários. A Sicília tem 75% do plantio de cepas brancas e a combinação das italianas Inzolia, Catarratto e Sauvignon Tasca e foi usada no Regaleali bianco DOC Sicilia 2016 (R$139), apontado por Robert Parker como um dos grandes best buys do mundo inteiro. Acompanhou o melhor prato da noite, peixe branco marinado em andares de lagostim e creme de caviar. Uma construção em forma de torre muito elegante com sabores nobres.
A variedade tinta Nerello Mascalese se mostrou 100% presente tanto no vinho rose Regaleali Le Rose IGT Terre Siciliane 2017 (R$136) como no tinto Ghiaia Nera 2015 (R$250). As videiras dessa uva foram plantadas a 600 metros de altitude no entorno do vulcão Etna, um terroir único, de solo rico em sedimentos vulcânicos. O Ghiaia Nera estagia por um ano em carvalho da Eslavônia e caiu muito bem com a polenta souflê ao ragu de pato.
Já o rose foi servido com taglioline com camarão, zucchini e botarga.
Continuando na ala dos tintos, dois grandes exemplares em que a Nero d’Avola, emblemática cepa da Sicília, aparece em corte com uvas internacionais. O Cygnus Nero d’Avola/Cabernet Sauvignon 2013 (R$233) tem um excelente custo/benefício e já chegou a 91 pontos Robert Parker na safra de 2007.
O último a ser degustado foi o ícone Rosso del Conte 2008 (R$640) uma seleção das melhores uvas tintas da Tasca D’Almerita, com Perricone, Syrah e Merlot além da Nero d’Avola em 85% do blend. Só é produzido em grandes safras, a partir de vinhas de 1959 e matura em barricas de carvalho francês novo.
Provamos junto com um prato que eu já tinha apreciado bastante no Vecchio Sogno, rabada e costela prensadas, nessa versão envolvidas em acelga com galette de inhame, agrião e espinafre a Florentina.
A sobremesa foi um Royal de iogurte com calda de damascos, casamento perfeito com o Malvasia Capofaro Salina 2011 (R$427).
Ótimos vinhos, belos pratos e grande noite! Os vinhos da Tasca d´Almerita podem ser encontrados na Mistral, importadora exclusiva da marca.
Com o chefão:
Muito obrigada pelo convite!
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Tasca d’Almerita na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade:
http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/181_Tasca-dAlmerita-no-Vecchio-Sogno.pdf
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Mais Degustatividade no Vecchio Sogno:
http://degustatividade.com.br/?s=vecchio
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Vecchio Sogno
Rua Martim de Carvalho, 75, Santo Agostinho, Belo Horizonte, MG, Brasil