Uma das maiores vinícolas do mundo em termos de volume de produção com vinhedos próprios, a Concha Y Toro atua com diversas linhas de vinhos, desde os mais acessíveis na faixa de R$25 até o ícone Don Melchor que chega a custar R$550. A linha Marques de Casa Concha integra o portfólio de vinhos finos da marca e tem sido amplamente reconhecida pela imprensa internacional e conquistado menções por 5 vezes na lista dos 100 melhores vinhos do mundo pela Wine Spectator.
.
Começou com a variedade Cabernet Sauvignon, safra 1972, do reputado vinhedo Puente Alto e hoje abrange as cepas Carménerè do Vale de Cachapoal, Merlot do Maule, Chardonnay e Pinot Noir dos Vales de Limarí e Biobío, e as recém lançadas Malbec (Vinhedo Lourdes, na área de Pencahua) e Cinsaut Rosé (Itata Valley), na faixa de R$120. São vinhos fiéis a expressão de origem e variedade, que representam a diversidade de terroirs no norte ao sul do Chile. Suas uvas são cultivadas desde a costa, passando pela Cordilheira dos Andes, representando toda a diversidade do Chile. Possui 7 origens para suas variedades, o que lhe garante que cada uma delas seja cultivada na área mais adequada a seu tipo.
A presença do enólogo Marcelo Papa e diretor técnico da Concha Y Toro, frente aos vinhos Marques de Casa Concha há mais de dez anos enriqueceu a degustação promovida no Vecchio Sogno no início desse mês. O brinde de boas-vindas foi com o delicado aroma de romã do Cinsaut Rosé, vinificado a partir de uvas provenientes de parreiras de mais de 60 anos. A Cinsaut é uma variedade de uva francesa, muito cultivada em Languedoc-Roussillon e usada geralmente em corte com Grenache. A aposta do enólogo é pelo varietal, mantendo 100% de uma só variedade como a maioria dos rótulos da Marques de Casa Concha.
Iniciamos o almoço com um belo camarão estufado com ervas, blinis de inhame e velouté de lagostim que acompanhou muito bem o Marques de Casa Concha Chardonnay 2017. Não carrega a tipicidade dessa uva no Chile e se parece mais com um Chardonnay da Borgonha, passando por 11 meses em uma mescla de barris de carvalho francês novos e usados.
O próximo passo foi o desafio em harmonizar Malbec com bacalhau. Novamente o estilo da casta não segue a tradição chilena e o Marques de Casa Concha Malbec 2017 revelou uma boa acidez e frescor que deu a leveza necessária para acompanhar o salteado de bacalhau com pupunha e shimeji gratinado.
A potência ficou por conta do Cabernet Sauvignon e o Etiqueta Negra, ambos safra 2016. Foi inclusive o ano de lançamento do primeiro rótulo que não é varietal. O Etiqueta Negra compõe-se de Cabernet Sauvignon (60%), Cabernet Franc (32%) e Petit Verdot (8%).
Apreciamos esses dois grandes vinhos com um tagliolini na mateiga negra de sálvia sobre ragu de pato e a rabada e costela de boi em massa filo com vegetais tostados, o prato de destaque desse grande almoço.
Fechamos com o canudo crocante recheado com tiramissu e molho de ameixa.
Os cardápios de eventos criados pelo chef Ivo Faria vão muito além do que a tradicional gastronomia italiana do Vecchio Sogno tem fama e sempre percebo o quão criativo ele pode ser.
Aprimoramos conhecimentos do mundo do vinho com a exposição do premiado Marcelo Papa, que foi eleito o enólogo do ano em 2004 pelo Guide to Chilean Wine, em 2007 pela Chilean Circle of Wine Writers e Chilean Food and Wine Association e este ano conquistou novamente a posição de melhor enólogo pelo Chile Special Report do Tim Atkin. A turnê também passou por São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
Muito obrigada pelo convite!
Marques de Casa Concha na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade BH:
http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/178_Marques-de-Casa-Concha.pdf
Vecchio Sogno na coluna de gastronomia do Jornal da Cidade:
.
Mais Degustatividade no Vecchio Sogno:
http://degustatividade.com.br/?s=vecchio
.
Vecchio Sogno
Rua Martim de Carvalho, 75, Santo Agostinho, Belo Horizonte, MG, Brasil