Uma experiência que vai além do vinho. A LuluVinhas é uma confraria feminina de vinhos que há quatro anos reúne mulheres de várias idades e vários segmentos com um objetivo em comum: degustar bons vinhos e vivenciar trocas de conhecimento.

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O encontro começou com quatro mulheres e hoje já são mais de trezentas Luluvinhas. A confraria é itinerante e a cada mês se realiza em um restaurante diferente em torno de um tema específico. Já teve Luluvinhas no Nonna Carmela, Udon, Mês Amis e em importantes lojas de vinhos que também funcionam como restaurantes a exemplo da Enoteca Decanter. Quem comanda é a Vanessa Borboleta e a Eveline Porto, duas enófilas apaixonadas pelo poder dos vinhos.

Vanessa e Eveline

Estive presente no mês de junho, em que o tema abordado foi “Os Grandes Clássicos do Mundo dos Vinhos” e o local escolhido casou perfeitamente: Automóvel Clube de Minas Gerais, construído em 1929.

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A mesa posta no aguardo de 40 mulheres.

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É claro que o Barolo não poderia faltar, um clássico do Piemonte, assim como o italiano Chianti.

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A noite começou com vinhos verdes simples, Casal Garcia e Mateus, mas que merecem ter sua história contada e seu sabor revivido. São portugueses muito conhecidos no mercado, na faixa de R$30. Casaram com o melhor prato da noite na minha opinião: tartare de linguado com picles de cebola roxa e azeite de coentro. Um peixe sem muito sabor, mas que que ficou extremamente saboroso pelas mãos do Carvalho do Ama Food, o cozinheiro da noite.

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Outro português conhecidíssimo, o Periquita Reserva (R$120) harmonizou com creme de abóbora com gengibre, amêndoas tostadas um leve toque de azeite trufado, poucas gotas junto do azeite extravirgem que rodeava o creme.

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O Chianti selecionado foi do produtor Bellosguardo (R$109) na garrafa original e harmonizou com lasanha de berinjela e ricota de búfala. Muito importante conhecer o produtor já que essa garrafa é usada para vinhos de qualidade duvidosa.

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Durante o jantar, a Vanessa comenta sobre cada vinho e sua cultura.

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O tinto espanhol de Rioja Marquês de Riscal (R$140) harmonizou com filet, servido no ponto correto (mal passado) com redução de Porto e shitake. Foi servido também para esse prato o Barolo Rocche Di Castelletto de Piemonte (R$450).

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Normalmente são apreciados cinco vinhos em cada encontro das Luluvinhas mas nessa ocasião foram sete, já que era importante acrescentar os dois vinhos verdes muito conhecidos e o lendário Liebfraumilch, o vinho da garrafa azul. Foi febre nos anos 90 no Brasil, quando o governo abriu o mercado de importação. E eu me surpreendi ao experimentá-lo com uma suave panacota com calda de frutas vermelhas. Um vinho desmoralizado, barato (R$15) mas que carrega muitas lembranças. Vença a barreira do preconceito e experimente-o com uma sobremesa.

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O vinho tem esse poder de nos remeter às mais agradáveis sensações vividas em ocasiões importantes da nossa vida. O melhor vinho é aquele que te traz boas recordações.

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A organização é feita por um grupo de whatsapp onde são postados os restaurantes escolhidos, os temas, as datas disponíveis e os vinhos a serem apreciados. Como é uma confraria itinerante não há obrigatoriedade de ir todo mês, basta efetuar um depósito de R$190 na conta das organizadoras para garantir a data escolhida. Esse valor inclui cinco vinhos garimpados pela Vanessa em feiras e importadoras (normalmente na faixa de R$100 cada) e cinco pratos para harmonizar. As turmas são fechadas em grupos de 20 a 30 mulheres.

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“Não é uma empresa, o objetivo não é comercial e nem ter lucro. Nosso objetivo é social, tornar o vinho parte do alimento e parte do consumo do dia a dia das pessoas”, destaca Vanessa Borboleta e ainda exalta: “Tem solteiras, casadas, viúvas, para casar. Tem mãe e filhas juntas, que é o mais impressionante. Tem meninas de 18 anos e mães de 40, 50. O nosso objetivo é não ter limites de quantas são Luluvinhas. Todas que quiserem ser Luluvinhas podem nos procurar”.

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O vinho une as pessoas e a confraria acaba virando uma teia de negócios entre pessoas que se tornam amigas, parceiras e clientes entre si. É uma rede de relacionamentos. Cultura, conhecimento, harmonização, gastronomia, “vinhassos”, troca, boas energias, isso é Luluvinhas.

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Enotorismo em MG com as Luluvinhas
No dia 03 de agosto (sexta-feira às 20:00) as Luluvinhas embarcam para Diamantina rumo a Quinta D’Alva, uma vinícola que iniciou o trabalho em 2005 a partir do plantio de 9 variedades de viníferas importadas da França. Às 10:00 do sábado tem início o tour para conhecer as variedades que se adaptaram em solo mineiro. A noite a diversão será na Vesperata, concerto noturno que acontece de abril a outubro na tradicional Rua da Quitanda. No dia seguinte a experiência se completará com uma visita à Fazenda Braúnas para uma palestra e degustação de queijos típicos da região, do cru ao maturado. Após uma bela comida de roça, o retorno à BH. O pacote um custo de R$860 e inclui todos os transportes em empresa de ônibus especializada de BH a Diamantina, deslocamentos internos, duas diárias de hotel em quarto duplo com café da manhã, visita à vinícola Quinta D’Alva, visita à Fazenda Braúnas, degustação dos queijos e almoço na fazenda.

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Contatos: (31) 99757-6762 ou instagram: @luluvinhas.confraria

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LuluVinhas na minha coluna de gastronomia do Jornal da Cidade BH:

http://degustatividade.com.br//wp-content/uploads/2015/07/125a_ColunaGastronomia_LuluVinhas.pdf